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MARIA EDUARDA GOMES DA SILVA - RELAÇÕES INTERNACIONAIS | UNESP


“Eu sempre me cobrei muito, quando estudava, achava que estava estudando pouco e nos momentos em que eu não estava estudando, achava que era isso que eu deveria estar fazendo ou não seria aprovada. No ano de 2023, continuei me cobrando, mas mudei bastante a perspectiva pessoal quanto a isso, vi que o descanso e o cuidado com a saúde mental também é essencial.”




Maria Eduarda Gomes da Silva estudou no pré-vestibular em 2023 e conquistou uma vaga no curso de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista (Unesp). A aluna, de 20 anos, vai morar em Marília e já está fazendo planos: conhecer novas pessoas e uma nova cidade. “Creio que vai ser uma boa fase. Ter novas experiências, conhecer novas pessoas e um novo lugar vai ser bom. Apesar da insegurança e da ansiedade, sei que vai ser importante para o meu crescimento pessoal também.” Duda, boa sorte! Todo o sucesso nessa nova etapa e arrasa na Unesp!

Oficina: O que motivou você a fazer curso pré-vestibular? Conte sobre a sua rotina e como foi o seu ano de estudos.

Aluno: Fiz três anos de cursinho, todos na Oficina do Estudante, e sobre a motivação, acho que fazer curso pré-vestibular é sempre o que vem junto com a ideia de ir para a universidade logo depois do Ensino Médio.

No meu caso, eu queria fazer intercâmbio após o Ensino Médio, mas não consegui devido às circunstâncias. Então, a faculdade se tornou prioridade, o que fez com que eu entrasse em um curso pré-vestibular para me preparar melhor.

Minha rotina se baseava em assistir às aulas de manhã, prestando muita atenção e, principalmente, tirando TODAS as minhas dúvidas, nem que fossem no fim da aula, caso eu ficasse com vergonha de perguntar e, a tarde, dependendo do dia, revisava conteúdos que tinha dificuldade e treinava com exercícios ou ia direto para os exercícios e revisava a matéria daqueles que eu errava (esse era o caso, principalmente, das disciplinas de Humanas). Quando tinha dúvidas, me planejava e tirava ou com os próprios professores, se estivessem lá, ou com os plantonistas. Além disso, esse ano passei a fazer mais redações, coisa que eu procrastinava muito nos anos anteriores e outra coisa essencial também foi treinar com provas antigas, isso ajuda muito a conhecer o estilo da prova e dos conteúdos que ela cobra.

Oficina: Qual foi a sua sensação ao ver seu nome na lista de aprovados?

Aluno: Pra falar bem a verdade, não sabia o que sentir ou como reagir! Por muito tempo fiquei meio anestesiada… era uma mistura de felicidade com ansiedade, insegurança e receio ao mesmo tempo. Fiquei feliz porque consegui aquilo pelo qual eu lutava há 3 anos? Sim. Mas até um certo ponto, eu não me permiti sentir tamanha felicidade… parecia que era algo que já deveria ter acontecido, tipo “ok, eu passei e daí? Já deveria ter passado”.

Além disso, também estava assimilando o fato de que agora eu vou seguir um outro caminho completamente diferente, em uma cidade desconhecida e com pessoas que eu nunca vi na vida. E minha família não vai mais fazer parte do meu cotidiano em casa. Querendo ou não, isso dá um certo receio. Porém, quando fui na Festa dos Aprovados e vi todo mundo lá, aí sim eu senti a felicidade que deveria estar sentindo desde que soube da notícia. Ver todo mundo eufórico e sentir a energia de todo mundo feliz parecia contagiante. É muito bom ver isso, você fica feliz por si mesmo e pelos outros. E, por mais que a ansiedade e insegurança sejam quase impossíveis de sumir (mesmo sendo alguém que sempre disse não se importar em sair de casa), hoje eu sei que é uma conquista pela qual eu devo ser e sou extremamente feliz e que eu vou aprender e saber lidar com tudo o que vier pela frente, é assim que a gente cresce e amadurece.

Oficina: Por que a escolha por Relações Internacionais?

Aluno: Por incrível que pareça, R.I. não era minha primeira opção nos primeiros anos de cursinho. Cresci falando para os meus pais que queria ser médica, nunca nem tinha ouvido falar de Relações Internacionais. Porém, no meu segundo ano do Ensino Médio fiz um cursinho popular, para me inteirar dessa rotina de cursinho e tentar ter uma preparação prévia. Lá, eu conheci uma menina que estava prestando pra RI. Eu sempre gostei muito de aprender idiomas e culturas diferentes e sempre tive muita vontade de conhecer o mundo, aí o nome do curso me intrigou, porque só pensei na parte do “internacionais”. Fui pesquisar sobre o curso e a profissão e me interessei muito, aí vi que essa poderia ser minha segunda opção, caso Medicina não desse certo por alguma razão.

Então, no meu primeiro ano de cursinho (que era pandemia e eu já sabia que precisaria de outro ano), uns amigos me incentivaram muito a prestar R.I., porque diziam ser a minha cara. Falei que prestaria na Unesp e, caso não desse certo, iria focar apenas em Medicina no próximo ano. Não deu certo, não passei na segunda fase. Então foquei só em Med em 2022, mas também não consegui passar em nenhuma. Coloquei minha nota no SiSU e passei em R.I. lá no Sul. Conversei muito com meus pais e por vários motivos, resolvi não ir e fazer mais um ano. Porém, dessa vez queria ser certeira no que fazer e para onde direcionar todos os meus estudos. Então fiz uma orientação profissional com uma psicóloga, que me ajudou muito até eu chegar na conclusão de que prestaria R.I. mesmo, sem dúvida nenhuma.

A minha principal motivação, tanto para cursar R.I. quanto para cursar Medicina, sempre foi o desejo de ajudar as pessoas e mudar, nem que seja um pouquinho, algumas coisas no mundo. Vi que em Relações Internacionais eu poderia fazer isso também.

Oficina: Como a Oficina do Estudante ajudou você a conquistar a vaga? Tem algum professor que você queira destacar na sua jornada de Oficina? Se sim, conte quem é, o motivo ou algo que ele tenha falado e marcado você.

Aluno: Muitas coisas na Oficina foram essenciais pra mim: os professores são excepcionais e o apoio que recebi dentro do cursinho foi gigantesco. E não digo isso só por parte dos professores não. Muitos deles me ajudaram muito! Seja tirando uma dúvida, tendo uma conversa sincera e encorajadora ao mesmo tempo, dando conselhos ou me tirando diversas risadas em vários momentos.

Outras pessoas também fizeram muita diferença pra mim: a direção e a orientação pedagógica me ajudaram demais a cada momento, me aconselhando e apoiando sempre. E, além disso, a equipe de funcionários, no geral, foi extremamente importante. O apoio que recebi de cada um e as risadas que tornavam dias estressantes muito mais leves fez toda a diferença.

Sim. Todos os professores são incríveis, mas gostaria de dar uma atenção especial ao professor Sebastian, de Geografia. Não tenho palavras para descrevê-lo. Ele é extremamente bom no que faz, se vira nos 30 e encontra maneiras surpreendentes de fazer com que a didática dele dê certo. Ele faz de tudo para que o aluno consiga entender (principalmente, Geografia Física, o terror dos vestibulandos). Além disso, ele faz questão de tirar as dúvidas até que aquilo se torne claro de verdade para o aluno. Sem contar com o carinho e apoio que ele sempre demonstra em sala de aula, vive dando conselhos, uns papos meio de psicólogo, mas que fazem muito bem. Pra mim, em particular, ele foi extremamente importante em toda a minha jornada. Ele foi um dos que mais me encorajaram para essa profissão, sempre me deu muito apoio e suporte, com qualquer que fosse a minha decisão e sempre tentava me tranquilizar, pois sabia o quanto insegura e ansiosa eu sou. Em algumas conversas, ele me fez abrir os olhos com muitas coisas e ficar mais segura com outras. Sou muito grata a ele por isso.

Oficina: Qual dica / quais dicas você pode dar para quem tem o objetivo de passar numa universidade pública?

Aluno: Para quem quer passar em uma universidade pública, eu aconselho não se cobrar demais e tentar ao máximo não procrastinar nos estudos. Acho que esse são dois dos grandes problemas que muitos (inclusive, eu) cometem. Além disso, tenham uma rotina / um cronograma a seguir, um direcionamento do que estudar, tirem TODAS as suas dúvidas e saiam da zona de conforto. Não estudem apenas o que vocês gostam de estudar, façam redações porque faz toda a diferença, de verdade. E, por último, mas não menos importante, tenham um tempo de lazer, descansem, saibam o limite de vocês. Um conselho que o Neto, orientador pedagógico, me deu, e que foi muito bom, foi o de colocar em algum dia na sua rotina algo que você gosta muito de fazer. Assim, você vai ter algo para apreciar e fazer que vai aliviar o estresse da rotina semanal que é a de um vestibulando.